Da redação
‘Operação Sonia Silk’ – série de três longas para cinema produzidos de forma cooperativa – é tema de bate-papo realizado nesta terça-feira (28), no Caixa Belas Artes. Bruno Safadi, que assina a direção e roteiro do projeto ao lado de Ricardo Pretti, e a atriz Leandra Leal, conversam com o público após sessão especial de O fim de uma era, às 20h40. A trilogia segue em exibição exclusiva no cinema.
O filme é síntese e clímax de Operação Sonia Silk, composta ainda por O Uivo da gaita e O Rio nos pertence. O longa gira em torno de quatro pessoas que lembram e revivem o passado para tentar compreender o amor – encarando-o como uma “passagem”. Os três longas são estrelados por Leandra, Mariana Ximenes e Jiddu Pinheiro, com fotografia de Ivo Lopes Araújo.
“Nossa ação é uma forma de refletir e experimentar novos meios de produção, mais criativos e acessíveis do que os meios tradicionais de financiamento e realização. O objetivo é manter um diálogo com a excelente tradição de cinema experimental no Brasil e renovar esta tradição”, diz Bruno Safadi.
Operação Sonia Silk se inspira no gesto e no imaginário dos filmes realizados em 1970 pela Belair Filmes, de Julio Bressane e Rogério Sganzerla. A Belair foi responsável pela produção de longas que marcaram a história da produção cinematográfica do Brasil, devido à liberdade, criatividade e experimentação. Um desses filmes foi Copacabana Mon Amour (1970), dirigido por Sganzerla. A personagem principal, interpretada pela atriz Helena Ignez, chamava-se Sonia Silk.
O Rio nos Pertence e O Uivo da Gaita receberam o prêmio de finalização do Hubert Bals Fund e tiveram sua estreia no Festival Internacional de Roterdã em janeiro de 2013. O Fim de uma Era, finalizado posteriormente, teve sua estreia em janeiro de 2015, no Festival Internacional de Roterdã.
“Queremos ‘misturar as prateleiras’, demolindo as barreiras entre cinema comercial e autoral. Operação Sonia Silk afirma que ainda é possível, talvez mais do que nunca, produzir belos, inventivos e coletivos filmes de baixo custo, em diálogo direto com o cinema de hoje e com o nosso momento histórico”, diz Ricardo Pretti.