Uma das minhas ficções científicas favoritas é Alien: O Oitavo Passageiro (1979). Acho genial a mistura de suspense, terror e mistério na história de um grupo de astronautas a milhares de quilômetros da terra, presos a uma criatura arisca. O genial em Alien é que boa parte do filme não vemos de fato a criatura. As cenas e todos os acontecimentos estão em torno da presença do ser indesejável e quem ele pode pegar de surpresa. Depois de algumas continuações boas, em estilos diferentes, a saga se perdeu e surgiram filmes esquecíveis pelo caminho. Mas o primeiro é bem lembrado até hoje, 40 ano depois de seu lançamento.
Se em Alien o ambiente era o espaço em Ameaça Profunda (2020) estamos no extremo oposto. O filme conta a história de um grupo de cientistas que trabalha num laboratório nas profundezas do oceano. Após um terremoto danificar o local, eles precisam caminhar a 11 mil metros de profundidade sem oxigênio suficiente para tentar sobreviver. A produção é protagonizada por Kristen Stewart, além de Vincent Cassel, de Cisne Negro (2010), T.J. Miller de Deadpool (2016), entre outros nomes.
Ao contrário de Alien, em de o grupo estar preso dentro de um lugar com uma criatura estranha, são os humanos que estão soltos em um ambiente hostil com uma criatura estranha. O escuro e o desconhecido podem oferecer boas idéias para suspense e cenas de tensão claustrofóbica. Mas, ao mesmo tempo, é um grande desafio fazer isso ocorrer de forma eficiente. Ta aí as continuações de Alien para provar, principalmente Alien – A Ressurreição (1997) que merece ser esquecido para sempre. Se a referência para o diretor foi realmente O Oitavo Passageiro o filme tem grande chance de dar muito certo.
O Filme estréia no Brasil em 9 de janeiro de 2020.