O primeiro contato que tive com Greta Gerwing foi na sua performance no Youtube Music Awards em 2013. Ela fez uma espécie de clipe ao vivo da música Afterlife do então recentemente lançado álbum da banda Arcade Fire, Reflektor. O evento, teve direção de Spike Jonze, diretor de filmes como Onde Vivem os Monstros (2009) e Ela (2013). Quase explode de tanta “hipsterisse” junta.

Só um tempo depois fui assistir ao filme que a consagrou, Frances Ha (2012), com as aventuras e desventuras de uma dançarina tentando ganhar a vida com sua arte. Todo filmado em preto e branco, o longa traz mais uma dose de indie para a vida da atriz. Mais recentemente, ela deu as caras em Jackie (2016), como a fiel escudeira da viúva do presidente JFK. Minha reação ao assistir esse último: “Cara, eu conheço essa atriz… Pera. Ah, já sei. É a moça de Frances Ha“.

Agora ela desponta como diretora do longa Lady Bird. Anteriormente ela já tinha se aventurado pelo cargo, mas dividindo a posição com Joe Swanberg no filme Nights and Weekends (2008). Agora, além da direção o roteiro também é da moça.

No filme temos uma adolescente rebelde que se auto intitula Lady Bird (Saoirse Ronan), que quer explorar toda as possibilidades da sua vida. Possibilidades, essas, que podem ser um pouco limitadas por ela estudar justamente em um colégio de freiras.

Acho interessante esses filmes com uma vibe indie/hipster por que eles são basicamente a “mesma história” (um personagem deslocado, diferentão, muitas vezes tristes, lutando contra as convenções da sociedade ao som de discos de vinil e musica indie), mas as sutilezas trazem a tona diferentes formas do tema. Ao menos foi essa a impressão que o trailer me passou. Lady quer fazer tudo, mas, no final, será que ela se tornará alguém? E mais, será que ela realmente quer isso tudo ou é só uma “aborrescente” esperneando pela atenção da mãe?

O filme chega aos cinemas americanos em 10 de novembro, mas ainda sem previsão no Brasil. Mas já estou na torcida de que chegue aqui.

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