Por Felipe Teixeira

O Oscar 2014 se aproxima e cresce a expectativa de espectadores, produtores e artistas para a abertura dos envelopes com os nomes dos grandes vencedores do ano. Aqui no Brasil, porém, a expectativa é só por diversão e curiosidade mesmo, porque mais uma vez nenhuma produção nacional está concorrendo. O Som ao Redor e Uma História de Amor e Fúria chegaram perto, mas bateram na trave, assim como alguns outros filmes brasileiros ao longo dos anos.

O Cinemascope reuniu as principais chances do Brasil no Oscar desde sua criação. Confira:

O Pagador de Promessas (1963)

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O ano era 1963. Pela primeira vez, uma produção nacional foi indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O Pagador de Promessas conta a história do humilde Zé do Burro, dono de um pedaço de terra no Nordeste que precisa pagar uma promessa e carregar uma cruz por um longo percurso. Apesar de aclamada internacionalmente e vencedora da Palma de Ouro, prêmio máximo do Festival de Cannes, a película de Anselmo Duarte acabou perdendo para o longa francês Sempre aos Domingos.

Quatrilho (1996)

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Mais de três décadas depois de O Pagador de Promessas, o cinema nacional volta a concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com Quatrilho. A indicação veio após a retomada, período em que novas leis de incentivo e financiamento de produções ressuscitaram o cinema brasileiro. Dirigido por Fábio Barreto, o filme acabou perdendo a estatueta para o holandês A Excêntrica Família de Antônia.

O Que é Isso, Companheiro? (1998)

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Baseado no livro escrito por Fernando Gabeira, o terceiro filme brasileiro indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro conta a história do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick em 1969. O diretor do longa-metragem, que perdeu para o também holandês Caráter, foi Bruno Barreto, irmão de Fábio.

Central do Brasil (1998)

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Logo no ano seguinte, Fernanda Montenegro e o diretor Walter Salles chamaram a atenção do mundo inteiro em Central do Brasil. O road-movie brasileiro apresentou a comovente história de amizade entre uma mulher (Montenegro) em busca de redenção e um menino (Vinícius de Oliveira) à procura de seu lar. Pela primeira vez na história, uma atriz brasileira era indicada ao Oscar. Infelizmente, a vitória não veio. Fernanda perdeu o Oscar para Gwyneth Paltrow (Shakespeare Apaixonado) e Central do Brasil saiu derrotado pelo também excelente filme italiano A Vida é Bela.

 Cidade de Deus (2003)

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Um dos mais aclamados filmes nacionais deste milênio, Cidade de Deus inexplicavelmente ficou de fora da lista dos cinco indicados a Melhor Filme Estrangeiro, mas concorreu à Melhor Fotografia, Melhor Montagem, Melhor Edição e Melhor Direção. Retratando o brutal e violento crescimento da criminalidade na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, o longa-metragem venceu importantes prêmios internacionais, como NYFCC Awards e o Satellite Awards, mas acabou zerado no Oscar, perdendo em todas as categorias para o consagrado vencedor daquele ano, O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei.

Filme Além dos clichês…

Rio (2012)

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A última chance de o cinema nacional sair da premiação mais importante do cinema com uma estatueta ocorreu em 2012 com Real in Rio, música composta por Carlinhos Brown e Chico Mendes para o filme Rio. A animação, que foi dirigida pelo também brasileiro Carlos Saldanha, não foi indicada em sua categoria. Real in Rio perdeu a disputa para a fraquíssima Man or Muppet do filme Os Muppets e o Brasil segue até hoje sem nenhum Oscar.