MOVIMENTOS DE RUPTURA NO CINEMA | LIVE #1
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Ler MaisA rigor, sempre houve som no cinema. As projeções mudas do início do século 20 eram acompanhadas por uma pianola ao vivo. Ou mesmo por atores posicionados atrás da tela, mimetizando diálogos e onomatopeias, e verdadeiras orquestras abaixo da projeção. As tentativas de sincronização entre som e imagem começaram desde Thomas Edison, que em 1894 experimentava seu kinetoscópio. Nessa época ele já dominava plenamente o fonógrafo. Até o fenômeno de O Cantor de Jazz (1927) foram quase 25 anos, mas uma vez domesticado, o filme sonoro tornou-se febre e o som no cinema. Obrigatório. Houve quem apostasse que, com a chegada...
Ler MaisOs russos nunca dormiram em serviço. Pense no Suprematismo de Malevitch, o Construtivismo propagandístico soviético e o Efeito Kuleshov. São provas que artistas de diferentes linhas se preocuparam em pesquisar os limites da constituição exata na arte. Muito além da narrativa fluida experimentada por Hollywood, estavam as investidas artístico-científicas da escola soviética de cinema. Na América, Griffith se preocupava em cunhar uma gramática que confortasse o espectador. O intuito era concentrá-lo na narrativa do filme sem se preocupar com os recursos que a ela levariam. Enquanto isso, por volta de 1921, na Rússia, Lev Kuleshov aperfeiçoava um experimento. O...
Ler MaisA historiografia do cinema convencionou a ideia de que o filme é uma ilusão. Isso aconteceu antes mesmo da invenção dos maravilhosos efeitos rudimentares, mas eficazes, de George Meliés. O filme é o simulacro da vida. Este simulacro pode ser a imagem de uma paisagem tal qual reconhecemos no mundo real. Assim como uma cena fantástica destacada do conceito de realidade, como nos filmes de terror ou ficção-científica. Por outro lado, também podemos verificar quão maravilhosa é a ilusão quando deixamos nosso cérebro enganar ostensivamente nossas retinas. Construções impossíveis em Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças Se olharmos...
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