É engraçado como a nossa percepção sobre a realidade – e sobre como ela é retratada pelos meios, pelos movimentos artísticos – se modifica com o tempo.

Minority Report é um filme de Ação e Mistério, do ano de 2002. Naquela época, a gente ainda usava o Nokia da cobrinha e o auge da inovação era andar por aí de Nike Shox.

Achei curioso rever a história e não estranhar tanto as inovações tecnológicas. Afinal, estamos vivendo um momento em que não é tão esquisito topar com um reconhecimento de identidade por leitura de íris, comandos de voz dentro de casa, hologramas, telas de projeção controladas via touchscreen ou sensores.

Minority Report

O filme conta a história de John (Tom Cruise), um chefe de investigações do departamento “Pré-crime” de uma corporação especializada em deter os crimes todos – antes que eles aconteçam. São 3 seres humanos com capacidades especiais os responsáveis pelo processo: ficam detidos numa piscina com um líquido viscoso, com seus cérebros conectados a aparelhos especiais capazes de traduzir as imagens previstas por eles.

Tudo se desenrola tranquilamente na corporação, até que John se vê numa das previsões de assassinatos e começa a se questionar: seria este departamento um órgão íntegro? Ele seria mesmo capaz de cometer um crime?

O filme é dirigido por Steven Spielberg, ambientado numa estética futurista com carros velozes de design arrojado, altas cenas de perseguição, e muita quinquilharia eletrônica. Foi baseado num conto de Philip K. Dick, um escritor americano do gênero de ficção-científica, publicado no ano de 1956. Philip também é autor de Blade Runner: O Caçador de Androides, outro conto famoso adaptado para o cinema em 1982 e 2017.

Não acredito, apesar do hype, que era uma história para ser contada em quase 2h30, mas pra geração que viu o Vingadores: Ultimato (2019) no cinema, o que são alguns minutinhos a menos, não é?

Assistir ao longa hoje, em meio a uma quarentena forçada por uma pandemia (que roteiro, Brasil, que roteiro!) fez com que a reflexão maior não fosse só sobre o que o próprio roteirista propõe – o fato de nós sempre termos uma escolha. Mas sobre questionar nossas próprias e mais fortes convicções.

O quanto podemos evitar o inevitável? Quão reféns somos do que inevitavelmente vai acontecer?

A realidade futurista de Minority Report é abordada no curso de Panorama do Cinema Distópico, ministrado pela professora Thaís Lourenço. Mais informações no link abaixo.

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