A 43a edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo está repleta de filmes que figuraram nos mais importantes festivais da sétima arte em 2019. Nesta seleção você encontra os principais títulos. Muitos deles têm chances reais de figurarem na lista de indicados às premiações americanas como o Globo de Ouro e o Oscar. Prepara a pipoca e vem com a gente: 


A Vida Invisível
Representante do Brasil a uma vaga no Oscar e ganhador da Mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes, A Vida Invisível será exibido especialmente no Theatro Municipal. Dirigido por Karim Aïnouz, o longa é baseado no livro homônimo escrito por Marta Batalha. A trama se passa no Rio de Janeiro dos anos 1950. Nele acompanhamos a vida de Gilda e Eurídice Gusmão, duas irmãs criadas no seio de uma família conservadora. Assim como todas as mulheres de sua geração, a dupla foi ensinada a ser invisível aos olhos da sociedade da época.

 

 

 

Parasita
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, o longa dirigido por Bong Joon Ho mostra a realidade da família Ki-taek. Apesar de serem bastante unidos, eles precisam conviver com o desemprego e com um futuro sombrio no horizonte. Por meio de contrastes sociais e financeiros, Bong retrata a realidade marcante do mundo em que vivemos.

 

Wasp Network
Conduzido por Olivier Assayas, a película é uma adaptação do livro “Os Últimos Soldados da Guerra Fria” de Fernando Morais. A história, ambientada na Cuba de 1990, acompanha René González, homem que foge do país deixando mulher e filha para trás e pousa em Miami em busca de uma nova vida e da desestabilização do governo Castro. O elenco estrelado conta com Wagner Moura e Penélope Cruz, além da produção de Rodrigo Teixeira. Durante a Mostra, Olivier Assayas receberá o Prêmio Leon Cakoff e contará com uma exibição especial de sua cinematografia.

 

O Paraíso deve ser aqui
Dirigido e estrelado por Elia Suleiman, o título recebeu a Menção Especial do Festival de Cannes. A narrativa é uma saga cômica que investiga os significados do exílio e da busca por um lar. Palestino, Suleiman deixa seu país, à procura de uma nova vida. Mas aonde quer que ele vá, de Paris a Nova York, a Palestina parece segui-lo, pois algo sempre o faz lembrar de casa. Durante a Mostra, Elia Suleiman receberá o Prêmio Humanidade e contará com uma exibição especial de sua cinematografia.

 

Synonyms
Vencedor do urso de Ouro e do Prêmio da Crítica do Festival de Berlim, Synonyms nos apresenta Yoav, um jovem israelense que chega a Paris esperando que a França e os franceses o salvem da loucura de seu país. Determinado a extinguir suas origens e se tornar francês, ele abandona a língua hebraica e se esforça de todas as maneiras para encontrar uma nova identidade. O título é dirigido por Nadav Lapid.

 

 

O Farol
Esse é talvez um dos filmes mais aguardados dessa edição da Mostra. Dirigido por Robert Eggers, a película sagrou-se vencedora do Prêmio da Crítica da Quinzena dos Realizadores no Festival de Cannes.  Tendo no elenco Robert Pattinson e Willen Dafoe, a história transita entre os gêneros de terror e fantasia. Ambientada no mundo dos mitos marinhos, a produção foi rodada toda em filme 35mm preto e branco. Após a exibição, o diretor participará de um debate com o público.

 

O Jovem Ahmed
Os irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne dividiram o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cannes por O Jovem Ahmed. Seguindo as palavras do imã local, o protagonista que dá nome ao título se convence de que sua professora é uma pecadora e decide mata-la. O garoto terá que lidar com as consequências de seu crime e com as tentações da vida ao encontrar o primeiro amor.

 

O Lago do Ganso Selvagem

Depois de acidentalmente atirar em um policial, o gângster Zhou Zenong se encontra ferido e precisa fugir, pois há uma recompensa por sua cabeça. No caminho, conhece Liu Aiai, uma mulher que alega ter sido enviada para ajudá-lo —segundo ela, há mais chances de um casal passar despercebido. Essa é a trama de O Lago do Ganso Selvagem, longa dirigido pelo Chinês Diao Yi’nan, que concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes.

 

System Crasher
Dirigido por Nora Fingscheidt, o longa foi vencedor do Prêmio Alfred Bauer no Festival de Berlim para filmes que abrem novas perspectivas. A trama é centrada em Benni, uma menina de nove anos revoltada, agressiva e imprevisível.  A garota foi expulsa de todas as escolas onde estudou e não vive com a mãe, que tem medo dela. O serviço social contrata Micha, uma especialista em controle de raiva, para acompanhar Benni na escola.

 

Sibyl
Este é mais um filme que concorreu à Palma de Ouro. Conduzido por Justine Triet, o longa nos apresenta a Sibyl, uma psicóloga que deseja ser escritora. Decidida a realizar seu sonho, ela dispensa alguns pacientes para ter mais tempo livre. A inspiração para o livro, contudo, não vem. Até conhecer uma nova paciente, Margot, uma jovem atriz que se prepara para gravar um filme. A vida de Margot é tão interessante que Sibyl decide secretamente usar seus relatos como inspiração para uma obra de ficção.

 

Frankie
Continuando na toada “o nome da protagonista também é o nome do filme”, aqui conhecemos Frankie, uma famosa atriz francesa que descobre que tem apenas alguns meses de vida. Para as últimas férias em família, ela reúne todos em Sintra, Portugal. O longa, que também concorreu à Palma de Ouro, é estrelado por Isabelle Huppert e conta com a direção de Ira Sachs.

 

Os Olhos de Cabul
No verão de 1998, Cabul é uma cidade em ruínas e ocupada pelos talibãs. Apaixonados, apesar da violência e da miséria diárias, Mohsen e Zunaira não desistem de acreditar no futuro. Mas um ato sem sentido de Mohsen perturbará a vida dos dois para sempre. Essa belíssima animação esteve presente em Cannes e foi dirigido por Zabou Breitman e Eléa Gobbé-Mévellec. A história é baseada no livro de Yasmina Khadra. Confere só esse trailer lindo:

 

Family Romance, LTDA
Não dá pra perder um filme de Werner Herzog. Sempre se impondo novas barreiras criativas, o diretor dessa vez narra a história de Yuichi Ishii, a presidente da Family Romance, Ltda, uma empresa que aluga pessoas substitutas para clientes que precisam de ajuda no dia a dia: alguém para levar a culpa no trabalho, um membro da família para um evento social, um estranho que ajuda clientes a reviverem os melhores momentos da vida. Um dia, Yuichi é procurada por uma mulher que precisa de um homem para interpretar seu marido, que sumiu há muito tempo, e se reconectar com sua filha adolescente. O filme também marcou presença em Cannes.

 

Até Logo, Meu Filho
Premiado com o Urso de Prata de Melhor Ator e de Melhor Atriz em Berlim, o longa de Wang Xiaoshuai acompanha a vida de duas famílias ao longo de 30 anos de mudanças políticas e sociais na China. Sentimos uma vibe meio “100 anos de solidão” oriental (menos a parte do realismo fantástico do Gabo).

 

Dois Papas:
Dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles, o longa, uma produção Netflix, é o único dessa lista que não esteve presente em nenhuma premiação (ainda). Baseado em fatos, o filme acompanha as mudanças drásticas no Vaticano. Anthony Hopkins e Jonathan Price interpretam, respectivamente, os papas Bento e Francisco. Apesar de suas diferentes visões de mundo —uma conservadora e outra liberal—, os dois precisam entrar em acordo para encontrar um novo caminho para a Igreja Católica.

 

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