Admito. O hype me pegou. E não tinha como não ser. Quem me conhece sabe o tanto que sou fã de Batman. Inclusive, é ótimo ter nascido logo em 1989, ano que foi lançado Batman, de Tim Burton. Tanto esse quanto Batman: O Retorno (1992), entram na lista dos filmes que mais assisti na minha infância e, numa era pré vídeo cassete, eu torcia para que reprisasse na TV. De lá pra cá a paixão só aumentou. Visto esse histórico, era impossível que esse trailer não aparecesse aqui.
Depois de bons ares com Tim Burton, o Homem Morcego caiu num abismo pelas mãos de Joel Schumacher e sua Bat-armadura com mamilos. Ascendeu novamente como a Trilogia do Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan e, por fim, derrapou nas mãos de Zack Snyder. As brigas de estúdio e a disputa com o universo Marvel (que vai muito bem, obrigado) deixaram o herói num lugar, digamos, questionável. Meu coração e dos demais fãs fica aflito com o quão mal está sendo tratado o herói. Para finalizar, tivemos um tropeço no meio do caminho chamado Esquadrão Suicida (2016) que foi uma confusão pra além do normal.
Agora a coisa parece que vai engrenar. Saiu o trailer de Coringa (2019), filme que foca na gênese do arquirrival do homem morcego e que já é figura carimbada na cultura pop. Depois de uma última encarnação um tanto atropelada de Jared Leto emEsquadrão Suicida (2016) (que parecia mais com o MC Guimê), quem dá vida ao vilão aqui é Joaquin Phoenix, um cara genial nas mais diversas interpretações. Desde sua atuação como o tirano imperador Commodus em Gladiador (2000) até o melancólico Theodore em Ela (2013).
Em Coringa, o trabalho de Joaquin me lembrou muito a do seu personagem Freddie Quell em O Mestre (2012). Primeiro fisicamente. Tem um plano do filme que mostra ele de costas, com um corpo frágil e ossudo que lembra bastante seu perfil no filme citado. Segundo pelo personagem que é tão deslocado socialmente e estranho quanto. Quando assisti ao trailer, mesmo com o título, não parecia ser um filme baseado em histórias em quadrinhos. Tanto que no momento em que é dito a palavra “Gotham” ou surgiu o letreiro de Arkham, é que meu cérebro encaixou o filme nesse universo quadrinhesco. A cidade também parece ser um lugar comum, que lembra bastante o espaço do clássico Taxi Driver (1976) de Martin Scorsese. A direção fica por conta de Todd Phillips, que você deve conhecer pela trilogia Se Beber Não Case, mas também pelo excelente Cães de Guerra (2016).
Alguns mais empolgados já evocam uma possível indicação de melhor ator para Joaquin. Eu acho que ainda é cedo, muito cedo.Esquadrão Suicida me traumatizou fortemente nisso aí. Por um lado é até bom, como diz o ditado: crie unicórnios mas não crie expectativas. É, já criei.