Neste sábado, dia 5, ocorreu a coletiva de imprensa da 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Estavam presentes nessa manhã Renata de Almeida, diretora da Mostra, Lais Bodanzky, presidente da SpCine e cineasta, Alexandre Youssef, Secretário Municipal da Cultura, Mario Mazzilli, diretor superintendente do Instituto CPFL, Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc, e Claudiney Ferreira, gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural.

“É quase estereótipo falar que foi um ano difícil, mas nunca tivemos dúvidas que conseguiríamos fazer a Mostra”, começou Renata, citando os temores de não haver a Mostra esse ano, por conta da perda do patrocínio da Petrobras e das dificuldades que festivais de cinema tiveram como o Anima Mundi e o Festival do Rio.

Mesmo com contrariedades, a Mostra continua com o mesmo número de produções e estrutura, trazendo um belo recorte do que há de mais interessante do cinema nacional e internacional, com filmes esperados e celebrados lá fora. “Temos menos dinheiro? Vamos fazer mais!”, falou Bodanzky.

Foi apresentada na coletiva a vinheta que acompanhará as sessões na Mostra, de autoria da artista brasileira Nina Pandolfo, que realizou uma arte bastante lúdica e expressiva esse ano.

Uma das novidades mais interessantes esse ano são as exibições de filmes nacionais no Theatro Municipal, no centro de São Paulo. Com programação que tenta refletir o DNA brasileiro, as sessões serão gratuitas e acontecerão à tarde e à noite nos dias 18, 19 e 20 (sexta, sábado e domingo, respectivamente). O aguardado A Vida Invisível (2019), de Karim Aïnouz, vencedor da Mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes e representante do Brasil no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro abrirá a programação no dia 18, às 20h30.

Falando em representantes no Oscar, a Mostra trará 12 obras já indicadas pelos seus países para concorrem a estatueta em seus nomes. Os destaques são o sul-coreano e vencedor da Palma de Ouro esse ano Parasita (2019), de Bong Joon-ho; o argentino A Odisseia dos Tontos (2019), de Sebastián Borensztein e com Ricardo Darín no elenco; e o macedônio Honeyland (2019), de Ljubomir Stefanov, vencedor do Grande Prêmio do Júri de documentários no Festival de Sundance.

Ainda sobre filmes de grande renome em festivais, os destaques são Sinônimos (2019), de Nadav Lapid, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim e O Paraíso Deve Ser Aqui (2019), de Elia Suleiman, que teve menção honrosa no Festival de Cannes.

Mas nem só de filmes internacionais vive a Mostra desse ano. A programação conta com cerca de 60 longas brasileiros, que integram as seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. Entre os destaques estão o vencedor do Festival de Gramado esse ano, Pacarrete (2019), de Allan Deberton e Três Verões (2019), de Sandra Kogut e estrelando Regina Casé.

O filme de abertura da Mostra esse ano será o novo trabalho de Olivier Assayas, Wasp Network (2019), que conta no elenco com Edgar Ramírez, Leonardo Sbaraglia e Wagner Moura. Todos eles, inclusive o diretor, estarão presentes na Mostra.

Outra grande aparição será do diretor Robert Eggers, que exibirá seu badalado filme O Farol (2019), com Robert Pattinson e Willem Dafoe, no Auditório Ibirapuera, seguida por uma masterclass com o próprio diretor.

Para encerrar, o novo trabalho de Fernando Meirelles, Dois Papas (2019), com Anthony Hopkins e Jonathan Pryce, será o filme de encerramento esse ano. Como tradição, no dia 2 de novembro, durante a repescagem da Mostra, ocorrerá a exibição de um filme no Parque Ibirapuera com música ao vivo da Orquestra Jazz Sinfônica.  Esse ano, o longa escolhido é o clássico O Gabinete do Dr. Caligari (1919), que completa 100 anos.

A 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo acontecerá na cidade a partir do dia 17 de outubro e irá até dia 30.

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