Foto: Roberto Filho/Brazil News
Por Felipe Teixeira
Uma das artistas brasileiras de maior sucesso internacional, a paulista Alice Braga foi uma das convidadas do Rio Market na última sexta-feira (7/10). O evento, que ocorre no Flamengo, Zona Sul do Rio, entre 5 e 12 de outubro, é paralelo ao Festival do Rio e conta com dezenas de palestras e debates sobre a indústria do audiovisual no Brasil e no mundo. Braga veio divulgar seu novo projeto, Queen Of South, série do canal USA americano na qual é protagonista e interpreta uma traficante de drogas.
O programa, que teve sua primeira temporada de 13 episódios exibida este ano no Brasil pelo canal Space, já está renovado para uma segunda temporada em 2017. Na trama, baseada no bestseller homônimo de Arturo Pérez-Reverte, a mexicana Teresa Mendoza (Braga) precisa abandonar seu país após a morte do seu namorado Güero (Jon-Micael Ecker), um chefe do tráfico. Ela foge para os Estados Unidos, faz alianças e se torna também uma poderosa narcotraficante.
A experiente atriz de 33 anos, revelada em Cidade de Deus e desde então presente em famosos filmes como Eu Sou a Lenda, Ensaio Sobre a Cegueira e Elysium, afirmou que ficou nervosa ao aceitar o seu primeiro papel em uma produção para a TV mesmo com seu consagrado currículo: “Eu já havia feito algumas participações em programas televisivos, mas nunca trabalhei em novelas. Meu primeiro contato real com este projeto foi durante uma mesa de leitura do roteiro em que um grande executivo da FOX estava ao meu lado. Fiquei bem nervosa e só ali caiu a ficha de que não tinha mais volta”, comentou a artista.
Mas apesar de reconhecer a pressão em ser protagonista de uma cara produção de TV internacional, Braga afirmou que pediu algumas alterações no roteiro da série: “A personagem é uma anti-heroína e torna-se uma criminosa porque precisa se proteger. Em algumas partes do texto, percebi um certo grau de sexismo, e falei que aquilo precisava ser mudado. Acho que poderia até ser demitida por isso, mas não poderia aceitar”, revelou Braga.
Coproduções
Com uma carreira consolidada, Braga também analisou um pouco do atual desempenho do cinema brasileiro e ressaltou a importância das coproduções entre países: “Temos ótimos roteiristas e diretores, mas também precisamos nos abrir para aprender com pessoas de fora. Há riqueza nas diferenças e podemos desenvolver ainda mais nosso cinema”, concluiu a atriz.