Por Joyce Pais e Sttela Vasco
Como fazemos há três edições, escolhemos os filmes que mais gostamos durante o ano e os ranqueamos para formar uma lista final do Cinemascope com os 10 mais votados (o sistema de pontuação já foi explicado aqui, nas observações, e continua o mesmo para 2015). Assim como em 2014, dos 19 membros da nossa equipe, 12 votaram. Algumas surpresas (ótimas) rolaram esse ano e achamos que as escolhas foram as mais diversas e inusitadas, como a presença de 3 animações e um documentário no ranking, por exemplo. Se você acha que algum filme ficou de fora, nos conte. Vamos lá!
10° – Perdido em Marte
Muito cotado para figurar entre as indicações de Melhor Filme do Oscar 2016, Perdido em Marte (The Marcian) provocou grande furor ao ser lançado. Dirigido por Ridley Scott, o longa é baseado no livro homônimo de Andy Weir, e narra a saga de Mark Watney (Matt Damon), um astronauta que, durante uma tempestade em uma missão da NASA a Marte é dado como morto e deixado para traz pelos colegas. Ele desperta sozinho no planeta, com poucos suprimentos e sem saber como retornar à Terra.
9° – O Pequeno Príncipe
Certamente uma das animações mais esperadas de 2015, O Pequeno Príncipe (The Little Prince), de Mark Osborne, trouxe às telonas a querida e aclamada história escrita por Saint-Exupéry e publicada em 1943, porém, com uma nova roupagem. Intercalando 3D e Stop-motion, o filme conta a história de uma garota que acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha, para uma nova casa. Lá, ela conhece seu curioso e excêntrico vizinho, um senhor que conta a história de um príncipe que vive em um asteroide com uma rosa e um dia cruzou com um aviador perdido em um deserto na Terra.
8° – O Jogo da Imitação
Indicado a Melhor Filme no Oscar 2015, O Jogo da Imitação (The Imitation Game), de Morten Tyldum, não levou o prêmio, mas faturou a estatueta de Melhor Roteiro Adaptado para Graham Moore – o que rendeu um dos discursos mais emocionantes da noite. Baseado na vida do matemático britânico Alan Turing, interpretado por Benedict Cumberbath, o longa se passa durante a Segunda Guerra e mostra como Turing lidou com seus problemas de relacionamento ao ingressar na equipe formada pelo governo britânico para quebrar o Enigma, famoso código utilizado pelos alemães para se comunicarem, e como ele criou uma máquina capaz de decodificar as possíveis mensagens do Enigma em apenas 18 horas.
7° – O Conto da Princesa Kaguya
Após o estúdio Ghibli anunciar que fecharia suas portas por tempo indeterminado para reformulação, todas as atenções se voltaram aos últimos filmes que faltavam ser lançados pela companhia japonesa, entre eles, O Conto da Princesa Kaguya (Kaguya-hime on monogatari), de Isao Takahata. A animação é baseada no conto popular japonês O Corte do Bambu e narra a história de Kaguya, uma garota que foi encontrada ainda bebê dentro de um tronco de bambu. Com o tempo, ela se transforma em uma bela jovem e passa a ser cobiçada por cinco pretendentes, os quais são rejeitados pela menina que os envia em tarefas impossíveis, porém, Kaguya terá que enfrentar seu destino e punição por suas escolhas. O longa concorreu ainda ao Oscar 2015 na categoria de Melhor Animação.
6° – Últimas Conversas
Eduardo Coutinho deixou inúmeros amantes do cinema órfãos após sua trágica morte em fevereiro de 2014, no entanto, os fãs puderam se despedir dignamente do cineasta com um dos documentários mais honestos de sua carreira. Últimas Conversas, montado por Jordana Berg e João Moreira Salles, retrata Coutinho entrevistando estudantes do ensino médio público do Rio de Janeiro e perguntando-lhes sobre suas perspectivas em relação ao futuro. Com suas costumeiras aparições e um senso de humor ácido, o documentarista deixa mais uma rica obra ao cinema brasileiro e um presente para quem o admirava.
5° – Que horas ela volta?
Um dos filmes brasileiros que mais teve repercussão nos últimas décadas foi também o que chegou mais perto de uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, desde que tivemos um representante na categoria, com Central do Brasil, em 1999. Dirigido por Anna Muylaert, a história da nordestina Val (Regina Casé) arrebatou prêmios pelo mundo, com destaque para o Festival de Berlim e o de Sundance, nos EUA, além de elogios em veículos como NY Times, Le Figaro, El Pais e Guardian.
4° Star Wars: O Despertar da Força
Mexer com clássicos consagrados não é uma tarefa das mais fáceis. Quando anunciado em 2013 que a Disney lançaria o novo filme da saga intergaláctica mais famosa do cinema, fãs do mundo inteiro ficaram em polvorosa (apreensivos também, é fato!). De lá pra cá, foram muitas especulações, teorias, palpites de qual rumo a franquia criada por George Lucas tomaria. Retomando os personagens adorados pelo público e introduzindo novos rostos, Star Wars: O Despertar da Força (como esperado) já rendeu muito em termos de bilheteria e o mais importante: pelo que parece agradou os fãs mais fervorosos.
3° – Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
Vencedor dos Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia, o filme marcou também a volta do ator Michael Keaton aos holofotes em grande estilo. A tragicomédia dirigida pelo mexicano Iñarritu mostra os bastidores e o processo de uma obra teatral na Broadway com direito a muitos transtornos, agressões, drogas, relacionamentos mal resolvidos e….um pássaro.
2° – Mad Max: Estrada da Fúria
Esse ano foi palco para o ressurgimento de franquias e continuações que fizeram história. Uma delas foi Mad Max, que revisita a trilogia pós-apocalíptica do diretor George Miller, na qual Mel Gibson foi imortalizado no papel do anti-herói Mad Max. O longa, que conta com Tom Hardy e Charlize Theron no elenco, venceu o AACTA, o Oscar australiano, e foi o melhor do ano pelos Críticos Online de Boston, pela instituição National Board of Review e também pela Associação dos Críticos do Rio de Janeiro, além disso, foi indicado a Melhor Filme no Globo de Ouro, que acontece em 10 de janeiro de 2016, aumentando suas chances de ser indicado, também, ao Oscar.
1° – Divertida Mente
Desde que começamos a fazer nossas listas com os melhores filmes do ano, segundo nossos redatores, as animações figuraram, timidamente ano a ano, em algumas posições, ganhando espaço progressivamente. Até que desta vez uma delas, Divertida Mente, parece ter conquistado nossos cinemascopers rendendo-lhe a primeira posição. Difícil não se identificar com sentimentos tão comuns a todos nós como a Alegria, o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza, presentes na mente da pequena Riley. O drama de Divertida Mente é universal, e talvez por isso ele tenha encantado tanto.
Alguns filmes não entraram na lista final, mas foram lembrados e votados pelos nossos redatores, são eles (em ordem aleatória):
Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros, Sniper Americano, Grandes Olhos, 007 Contra Spectre, Sem Retorno, A Dama Dourada, Numa escola de Havana, Chappie, Segunda Chance, Expresso do Amanhã, Um pombo pousou num galho refletindo sobre a existência, Sicário: Terra de ninguém, Taxi Teerã, Cala a boca Philip, Eu, você e a garota que vai morrer, Love and mercy, Ex-machina, O Fim da Turnê, Para sempre Alice, Livre, Pixadores, Leviatã, Adeus à Linguagem, Periscópio, O Olmo e a Gaivota, Os árabes também dançam, As Sufragistas, Love, Amy, Samba, Shaun, O Carneiro, A Travessia, No Coração do Mar, Maggie, Nick Cave: 20.000 dias na Terra, Mapa para as Estrelas, Branco sai, preto fica, Corrente do Mal, Frank, Macbeth, As memórias de Marnie, Blind, Força Maior, Dois dias, uma noite, Ponte dos Espiões, Garotas, O último cine drive-in, Dólares de Areia, Whiplash: Em Busca da Perfeição, Kingsman – Serviço Secreto, Vingadores: Era de Ultron, Cobain: Montage of the Heck, Nocaute, Cake – Uma Razão para Viver, A Incrível história de Adaline, Little Boy, A Teoria de Tudo.